Em um mundo cercado por tanto barulho, tão cheio de sons que nos chegam de todos os lados, na rua, dentro de casa, no trabalho, em todos os cantos, às vezes é necessário que a gente se isole e ouça os silêncios dentro de nós.
É tempo de prestar mais atenção aos silêncios que nos movem, que nos fazem sair do lugar, da nossa zona de conforto, de ouvir um pouco as necessidades do outro, porque as nossas conhecemos de cor.
Silêncios que nos façam parar para pensar em tudo que ficou para trás e em tudo que virá.
Silêncios que nos façam olhar no espelho de uma maneira diferenciada e ver quem realmente somos e o que planejamos.
Silêncios fazem parte da nossa maneira barulhenta de ser.
Estar feliz não tem necessariamente relação com foguetes explodindo, tem muito mais a ver com paz interior.
E o tempo, com seu relógio invisível, nos cobra velocidade para resolver todas as coisas, quer de nós movimento, aceleração, enquanto queremos silêncios que nos deem respostas para todas as nossas inquietações e perguntas.
O tempo é aliado ou vilão?
Senhor de todas as coisas, ele se encarrega de fazer todas as escolhas por nós.
O que somos, se não reféns do nosso próprio tempo?
Temos que tentar fazer as melhores escolhas, vencer o tempo ou nos aliar a ele.
Tempo que nos dá alegrias e cicatriza feridas abertas.
Andamos à procura de silêncios, tentando deixar o coração menos inquieto, tentando trapacear o tempo, deixá-lo para trás. Ganhar tempo – eis as palavras mágicas.
Enquanto isso não acontece, andamos à mercê do relógio, mas não devemos deixar de ouvir todos os silêncios que gritam dentro de nós.