A avaliação faz parte da rotina de todas as escolas, seja por meio de testes escritos aplicados ao final de determinada etapa do período letivo, seja por análises cognitivas que mensuram a capacidade de tomada de decisão. Independentemente do método, a avaliação é uma ferramenta fundamental na educação, pois mede o aprendizado do indivíduo a ela submetido.
Medir o aprendizado, os conhecimentos apreendidos e a forma como eles são aplicados na resolução de problemas ou na elaboração de argumentos é fundamental para compreender possíveis lacunas que o educando possa ter e montar estratégias com vistas a saná-las, de maneira a garantir o efetivo aprendizado.
No âmbito escolar, a avaliação é um instrumento de grande relevância para professores e gestores. Para o professor, ela possibilita compreender o nível de conhecimento que os alunos têm, entender se eles conseguiram apreender os conhecimentos de maneira significativa, analisar se a metodologia utilizada está sendo efetiva ou mesmo verificar se um determinado aluno que apresenta dificuldades de aprendizado tem, na verdade, um comprometimento cognitivo.
Para os gestores, a avaliação permite compreender se os investimentos estão sendo feitos nas áreas mais necessárias, se a proposta pedagógica da escola é efetiva, se o ambiente escolar está favorecendo de fato o aprendizado, se os materiais didáticos adotados são os mais adequados e se estão sendo utilizados da melhor maneira. Esse conjunto de variantes disponibilizadas pelos resultados dos processos avaliativos permite à escola como um todo analisar se são necessárias intervenções pedagógicas ou administrativas.
A avaliação também contribui para os alunos. Mas, para eles, ela é tida como um instrumento punitivo, que só existe para apontar erros, indicando que os problemas de aprendizado se restringem somente a eles. É necessário também desmistificar essa ideia diante do estudante, para que ele reconheça a avaliação como aliada do seu aprendizado. Isso se faz necessário porque, a partir dela, o aluno também tem a possibilidade de repensar suas práticas e analisar se tem dedicado esforço e atenção necessários para o aprendizado, além de permitir que ele busque auxílio adequado quando não dispuser de subsídios para construir determinado conhecimento sozinho.
Para gerar dados que viabilizem todas essas análises, a escola pode recorrer a vários tipos de avaliação. Nesse sentido, serão destacadas as avaliações diagnóstica, formativa e somativa, propostas pelo professor Benjamin Bloom, importante pesquisador de metodologias avaliativas do ensino-aprendizagem. Cada uma tem sua contribuição no meio escolar e deve ser utilizada para um fim específico.
A avaliação diagnóstica tem o intuito de compreender o nível de conhecimento de determinada pessoa. Na escola, ela pode ser aplicada a uma turma no início do período letivo para identificar o nível de conhecimento dos alunos e possibilitar que o professor crie uma metodologia pedagógica de modo a sanar as lacunas de conhecimento, baseado no que se espera que eles saibam na série em que eles estão, por exemplo.
A avaliação formativa tem o objetivo de mensurar os conhecimentos adquiridos no decorrer de determinada etapa de estudo. Ela permite analisar se a metodologia aplicada durante esse período foi satisfatória, se a turma irá para um próximo conteúdo tendo aprendido os anteriormente ministrados e que servirão de base para todo o estudo. Basicamente, ela avalia o que se pode chamar de rendimento.
A avaliação somativa é aplicada ao final de uma unidade de ensino, com o objetivo de se obterem certificação e classificação dos avaliados. Aplica-se, por exemplo, ao cabo de um período letivo, momento em que se deseja saber o resultado final de todo o processo de aprendizagem e em que se pretende classificar os alunos de acordo com os seus níveis de aprendizado. Na escola, é amplamente utilizada para definir aqueles que podem ser promovidos para uma próxima série.
Além das avaliações que permeiam o contexto de uma escola, especificamente, existem também as avaliações externas de desempenho. Difundidas em larga escala, são avaliações propostas com o intuito de parametrizar a educação nacional. Os relatórios gerados por elas mobilizam revisões das práticas pedagógicas em âmbito nacional, a exemplo da proposta de reforma para o Ensino Médio.
Tendo em vista todas essas contribuições da avaliação, é necessário ainda compreender que não se trata apenas de um instrumento a ser aplicado na escola com o intuito de mensuração. A avaliação deve ser construída diariamente, utilizando-se de seus mais diversos métodos com a finalidade de montar as melhores propostas pedagógicas para que os alunos atinjam os resultados esperados, tornando-se indivíduos melhores.